"O padroeiro querido do Maranhão"

             
    É costume na paróquia e Santuário São José de Ribamar, a peregrinação de fiéis que pagam promessas ao Santo Carpinteiro. Habitualmente a cidade balneária recebe visitantes que em primeira ou segunda razão buscam a Casa de São José como ponto de visita.
    Aos domingos, romeiros deixam seus votos aos pés do Santo. Acendem velas. Entram de joelhos na igreja. Algumas formas de pagar a promessa a São José se repetem. Outras, não! Fogem o padrão.  O pagante de promessa cria um vínculo tão forte com o Santo, que tem a promessa como uma dívida, aliás, promessa é dívida já diz o ditado popular. Por reger a fé com tal atenuante, o devoto, no pagamento de sua promessa, vive uma efêmera performance. É ela que diferencia um devoto do outro.
    A fé não pode ser vista ou medida, contudo, pode ser sentida. Como o calor de uma chama. Chama de vela que queima. Vela do devoto.
  As imagens ofertadas ao Santo recuperam aquele sofrimento de outrora. Sofrimento que, com fé e devoção, fora vencido e agora é o voto cumprido. Desta forma, o homem se comunica com Deus e Deus é visto pela fé, e suas obras são verificadas quando se pode enxergar o milagre operado pelo santo devotado.
   Devotar um santo, é dar Graças a Deus por sua infinita misericórdia, em conceder intercessores para velarem por homens e mulheres que pedem os milagres do céu. Quem agradece ao Santo, louva a Deus.
    Em suma, quem devota São José rende Graças ao Pai.
    As procissões, orações, velas, imagens, fitas... São expressões simbólicas. É o simbólico tentando dar conta da fé, da devoção; falar por ela. 
       O devoto de São José enxerga no Santo a face de Deus. Sabe que o Carpinteiro realiza o inexplicável em nome d'Ele. Não raro, ouvi-se cantar em uníssono, ecoando do Santuário: "nós pedimos a São José a sua benção, sua benção e proteção..." Se pedem sua benção, o declaram não só como o Santo de milagres, mas o padroeiro do Maranhão: "É quem opera milagres, quem arrasta multidões, o padroeiro querido do Maranhão."